Finalmente, o frio pede suas férias anuais, retornando somente em outubro.
Minha quase ausência no mês de abril, devidamente explicada no post anterior e, possivelmente, não lida por muitos, tinha prazo determinado para terminar, condição essa imposta por mim.
Como é mágico esse sujeitinho, não é mesmo?
Ele aparece e transforma tudo a nossa volta.
O escuro fica claro, o marrom fica verde, o gelo vira água que retoma seu fluir, o vento - aquele vento chato do outono - agora é mais morninho. E a gente demonstra mais alegria. Coisas do Sol!
Por aqui, as estações do ano transformam tudo e a todos com suas peculiaridades e diferenças, fazendo a nossa vida mais significativa.
A Primavera.
Na primavera, preparam-se os jardins para receber novas flores e os campos novas sementes.
Minhas florzinhas de terraço
As árvores frutíferas escandalizam com suas flores rosas, brancas e amarelas.
No verão, quando ele é mais visível, tudo fica possível.
Nos tornamos mais receptivos, afetuosos, românticos. Assim como as flores do campo, nos abrimos todo para a vida com a sua presença.
Os jardins têm sua grama semanalmente aparada, novas flores são replantadas, mesas e cadeiras postas para fora: tudo pronto para se curtir o sol.
No verão, fazemos longas caminhadas pelas margens dos canais e dos rios e nas florestas. Tomamos sorvetes na cidade, num lugar qualquer, onde se possa também saborear um café com um pedaço de torta por horas, só pra ficar mais um bocadinho na presença do sol.
O Outono!
No outono, é quando fazem as colheitas; as flores começam a minguar, recolhe-se o feno para os animais no inverno. Já não se ouve, também, aquele barulho desagradável do cortador de grama nos jardins ao redor.
Os ventos agitam as folhas, que antes eram verdes, agora adquirem outras cores: amarelo, vermelho e marron e já principiam a cair.
Os pássaros fogem para o sul. O brilho e o calor do sol vão se distanciando. As janelas das casas são fechadas mais cedo. E o silêncio é quase uma necessidade para a grande meditação coletiva do inverno.
O Inverno.
No inverno, tudo se aconchega: os animais nos estábulos, as pessoas em casa diante da lareira e das velinhas acesas.
O dias ficam mais curtos e as noites mas longas.
Agora, há na paisagem pouco verde que dá lugar ao branco da neve. As árvores parecem mortas... mas há vida por baixo desse branco.
Por aqui é assim. E somos e agimos como as estações.
Somente quem vive em lugares, onde elas são bem demarcadas, pode perceber, entender e viver esse processo.
Somente quem vive em lugares, onde elas são bem demarcadas, pode perceber, entender e viver esse processo.
Desejo a todos uma feliz primavera e um verão sopimpa.
Por Maria Aparecida Roque-Kottkamp
Por Maria Aparecida Roque-Kottkamp