18.8.16

Maio chegou, uhu! Acordei!

Então, gente, maio chegou!
Finalmente, a neve deu um descanso  e só retornará antes do Natal. Ela tira férias por aqui de maio a outubro, na verdade.

Não quero me demorar muito neste texto; preciso viver  o verão que já bate à nossa porta.

Quero apenas notificar que acordei!
Minha quase ausência no mês de abril, devidamente explicada no post anterior e, possivelmente, nem percebida por muitos, tinha prazo determinado, condição imposta por mim.  E viva a vida!

O sol se mostra novamente, espalhando vitalidade e calor.

Como o sol é mágico!
Ele aparece e transforma tudo. O escuro fica claro, o marrom fica verde, o gelo vira água, que retoma ao seu fluir,  o vento - aquele vento chato do outono - é mais morninho,  quase sempre de mãos dadas com as tempestades. Adoro tempestades!

Chuva de verão...

Devido à variação de temperatura, ora muito quente, ora muito fria,  ocorrem as chuvas de verão. Trazem alguns transtornos por aqui também. Muitos resmungam quando sua presença é demorada. Eles se esquecem de que elas são necessárias.


As estações transformam tudo e a todos com suas peculiaridades e diferenças; fazem a nossa vida  por aqui  mais significativa.

Na primavera, preparam-se os jardins  e os campos para receber novas sementes. Mais tarde,  as árvores frutíferas escandalizam com suas flores rosas, brancas e amarelas.

Minhas florzinhas de terraço já foram semeadas - restinho de sementes trazidas do Brasil. Uma contravenção, eu sei. Fui egoísta, uma criminosa. Corri  risco, e atravessamos o mar.... O que teria  sido das batatas  sem essas contravenções.  Aqui estão as batatas, ops, as florzinhas. Essas são do ano passado. Morreram todas por causa da neve.


No outono, tudo começa a declinar e a se preparar para o recolhimento.

O verão! ah! esse é  o hóspede mais esperado por todos, a todo ano.
Por exemplo, no verão, com a presença visível do sol, ficamos mais afetuosos e alegres. Nos abrimos todos,  imitando as flores do campo. Somos mais receptivos, sorridentes e românticos.

Quando ele chega, as mesas já estão no jardim,  já foram preparados na primeira. Aí, convidamos os amigos para os churrascos no jardim, quando se possui um, ou mesmo no terraço, como é o meu caso. Fazemos caminhadas longas pelas margens do canal (ao lado, o canal. Foto tirado no outono) , nas florestas, tomamos sorvetes na cidade,  podemos sentar num local qualquer e saborear um café com um pedaço e torta por horas,  só para ficar mais  um bocadinho na presença do sol.

Aos poucos, as flores vão se despedindo para a reciclagem,  vão se fazendo as colheitas,  recolhe-se o feno para os animais, no inverno, ouvem-se os últimos barulhos das máquinas de cortar grama nos jardins ao redor, os ventos começam a soprar as folhas que, antes verdes, adquirem, agora, várias cores (verdes, amarelas, vermelhas, marrom) e começam a cair.
O brilho e o calor  do sol vão se distanciando,  e as janelas das casas vão sendo fechadas mais cedo.
O silêncio começa como  preparação para o grande recolhimento coletiva do inverno.

No inverno, tudo se aconchega: os animais nos estábulos, as pessoas em casa diante das lareiras e das velinhas acesas. As noites ficam longas, e o dia mais curto. Na paisagem há pouco verde que dá, agora, lugar ao branco. Parece morta. Não!. Estamos nós e a natureza todos descansando pelos abusos do verão.

Por aqui é assim. Somos e agimos como as estações. Só quem vive em lugares, onde elas são bem demarcadas,  pode perceber e entender esse processo.

Por Maria Aparecida Roque-Kottkamp