6.2.11

As consequências dos conflitos no mundo árabe para a comunidade internacional - clicar aqui para ver o vídeo

Debate com vários analistas políticos da Globo News Painel sobre os conflitos no Egito.

Fazem uma excelente análise dos conflitos atuais no Egito, expandindo sua visao aos conflitos havidos em outras sociedades árabes, ao longo da história das ditaduras islâmicas.

Vale a pena assistir ao víde

5.2.11

As egípcias vao às ruas!

As egípcias saem às ruas, misturando-se aos homens na reivindicação por mudanças
Ficar em casa, lamentado a vida que têm, enquanto os seus homens se expõem na luta por mais liberdade e melhoria de vida para todos, poderá ser, a partir de agora, coisa do passado para a mulher egípcia.
É claro que o processo de mudança, qualquer que seja ele, considerando,  sobretudo, anos de ditadura vividos nesse país e a mentalidade muçulmana, poderá ser demorado e longo demais até para o mundo ocidental suportar. 
Será que essa mulher quer fazer mudanças  que vão além dos interesses coletivos masculinos? Será que ousará ir além desses interesses?
Poderá acontecer também que depois  que o  conflito passar , ela  voltará a ocupar o mesmo espaço que ocupava até então, eternizando, assim, o seu continuísmo.
Não dá para saber ainda se ela irá aproveitar o momento e clamar por mais liberdade e direitos neste novo contexto ou se,  impotente diante de impedimentos superiores a sua capacidade de luta, se recolherá.
E não podemos esquecer também que a mulher  assim como o homem islâmico  vivem de acordo com leis estabelecidas no Corão. E é muito esperar que eles queiram construir para si uma sociedade  democrática aos moldes e sob imposições do ocidente.  

Por Maria Aparecida Roque- Kottkamp

Foto obtida no Yahoo

4.2.11

Khalil Gibran : O Amor / Von der Liebe

Khalil Gibran 

Nasceu em 6 de Dezembro de 1883, em Bicharre, no Líbano.
Emigra para os Estados Unidos em 1894. Em 1898 volta ao Líbano para completar seus estudos. Retorna a Boston - EUA, em 1902 onde permanece até 1908. Escreve poemas e meditacoes para Al-Muhajer (O Emigrante) jornal árabe de Boston. Seus talentos: escrever, desenhar e pintar, numa arte mística e abstrata e bem própria. Chama a atencao de  uma diretora de uma escola americana - Mary Haskel, que oferece-lhe para custear seus estudos em Paris.
1908-1910 em Paris, estuda na Académie julien. Uma de suas telas é escolhida  para Exposicao das Belas-Artes de 1910.
1910 - Volta a Boston e no mesmo ano, muda-se para NY, onde vive só e  modestamente
num pequeno apartamento. Lá permanece até o fim de sua vida.
Kalil Gibran  com outros escritores árabes estabelecidos também nos Estados Unidos na época contribuem bastante para o renascimento das letras árabes.
1905-1920 Gibran escreve quase somente em árabe e publica sete livros nessa língua: A Música, As Ninfas do Vale, As Almas Rebeldes, As Asas Partidas, Uma Lágrima e um Sorriso, As Procissoes;   De 1918-1931  gradativamente  vai   produzindo também livros em inglês (8 ao todo): O Demente, O Precursos, O Profeta (talvez o mais conhecido) Areia e Espuma, Jesus, o Filho do Homem, Os Deuses da Terra. Após suas morte foram publicados mais dois: O Jardim do Profeta e o Errante.
Em 10 de abril de 1931 ele morre, deixando para a humanidade um tesouro em livros, pinturas e gravuras, onde está espelhada a sua grande sensibilidade em perceber o homem na sua natureza e seus valores mais importantes.
Para ilustrar, escolhi um poema dele, dentre tantos de que gosto, que copiei do livro "O Profeta". Chama-se "O Amor".Vou postar também em alemao, pois como moro na Alemanha, alguns amigos alemaes também visitam meu blog. Talvez queiram encontrar nele alguma coisa em alemao. 
Quem quiser saber mais sobre o autor, visite o blog: "Saindo da Matrix", endereco está na minha página onde estao os blogs que sigo. Beijos!


Pintura de Gibran 

O Amor (Khalil Gibran) Von der Liebe (Khalil Gibran)

Então Almitra disse:
-Fala-nos do Amor.
Ele levantou a cabeça
e olhou o povo;
um silêncio caiu sobre eles.
E disse com voz forte:

- Quando o amor vos fizer sinal, segui-o;
ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados.
E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos;
ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir.
E quando vos falar, acreditai nele;
apesar de a sua voz
poder quebrar os vossos sonhos
como o vento norte ao sacudir os jardins.
Porque assim como o vosso amor vos coroa,
também deve crucificar-vos.
E sendo causa do crescimento,
deve cuidar também da poda.
E assim como se eleva à vossa altura
e acaricia os ramos mais tenros
que tremem ao sol,
também penetrará ate às raízes
sacudindo o seu apego a terra.
Como braçadas de trigo vos leva.
Malha-vos até ficardes nus.
Passa-vos pelo crivo
para vos livrar do palhiço.
Mói-vos até à brancura.
Amassa-vos até ficardes maleáveis.
Então entrega-vos ao seu fogo,
para poderdes ser
o pão sagrado no festim de Deus.
Tudo isto vos fará o amor,
para poderdes conhecer
os segredos do vosso coração,
e por este conhecimento
vos tornardes um bocado
do coração da Vida.
Mas, se no vosso medo,
buscais apenas a paz do amor,
o prazer do amor,
então mais vale cobrir a nudez
e sair da eira do amor,
a caminho do mundo sem estações,
onde podereis rir,
mas nunca todos os vossos risos,
e chorar,
mas nunca todas as vossas lágrimas.
O amor só dá de si mesmo,
e só recebe de si mesmo.
O amor não possui
nem quer ser possuído.
Porque o amor
basta ao amor.
Quando amardes, não digais:
-Deus está no meu coração,
mas antes:
- Eu estou no coração de Deus.
E não penseis
que podeis guiar o curso do amor;
porque o amor, se vos julgar dignos,
marcará ele o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
senão consumar-se.
Mas se amardes, e tiverdes desejos,
deverão ser estes:
Fundir-se e ser um regato corrente
a cantar a sua melodia à noite.
Conhecer a dor da excessiva ternura.
Ser ferido pela própria inteligência
do amor, e sangrar
de bom grado e alegremente.
Acordar de manhã com um coração alado
e agradecer outro dia de amor.
Descansar ao meio dia
e meditar no êxtase do amor.
Voltar a casa ao crepúsculo
com gratidão;
e adormecer tendo no coração
uma prece pelo bem amado
e um canto de louvor na boca.

Da sagte Almitra: Sprich uns von der Liebe.
Und er hob den Kopf und sah auf die Menschen, und es kam eine Stille über sie Und mit lauter Stimme sagte er:

Wenn die Liebe dir winkt, folge ihr, sind ihre Wege auch schwer und steil. Und wenn ihre Flügel dich umhüllen, gib dich ihr hin, Auch wenn das unterm Gefieder versteckte Schwert dich verwunden kann. Und wenn sie zu dir spricht, glaube an sie, auch wenn ihre Stimme deine Träume zerschmettern kann wie der Nordwind den Garten verwüstetet. Denn so, wie die Liebe dich krönt, kreuzigt sie dich. So wie sie dich wachsen lässt, beschneidet sie dich. So wie sie emporsteigt zu deinen Höhen und die zartesten Zweige liebkost, die in der Sonne zittern, steigt sie hinab zu deinen Wurzeln und erschüttert sie in Ihrer Erdgebundenheit. Wie Korngarben sammelt sie dich um sich. Sie drischt dich, um dich nackt zu machen. Sie siebt dich, um dich von deiner Spreu zu befreien. Sie mahlt dich, bis du weiß bist. Sie knetet dich, bis du geschmeidig bist; Und dann weiht sie dich ihrem heiligem Feuer, damit du heiliges Brot wirst für Gottes heiliges Mahl. All dies wird die Liebe mit dir machen, damit du die Geheimnisse deines Herzens kennen lernst und in diesem Wissen ein Teil vom Herzen des Lebens wirst. Aber wenn du in deiner Angst nur die Ruhe und die Lust der Liebe suchst, dann ist es besser für dich, deine Nacktheit zu bedecken und vom Dreschboden der Liebe zu gehen. In die Welt ohne Jahreszeiten, wo du lachen wirst, aber nicht dein ganzes Lachen, und weinen, aber nicht all deine Tränen. Liebe gibt nichts als sich selbst und nimmt nichts als von sich selbst. Liebe besitzt nicht, noch lässt sie sich besitzen; Denn die Liebe genügt der Liebe. Und glaube nicht, du kannst den Lauf der Liebe lenken, denn die Liebe, wenn sie dich für würdig hält, lenkt deinen Lauf. Liebe hat keinen anderen Wunsch, als sich zu erfüllen. Aber wenn du liebst und Wünsche haben musst, sollst du dir dies wünschen: Zu schmelzen und wie ein plätschernder Bach zu sein, der seine Melodie der Nacht singt. Den Schmerz allzu vieler Zärtlichkeit zu kennen. Vom eigenen Verstehen der Liebe verwundet zu sein; Und willig und freudig zu bluten. Bei der Morgenröte mit beflügeltem Herzen zu erwachen und für einen weiteren Tag des Liebens dankzusagen; Zur Mittagszeit zu ruhen und über die Verzückung der Liebe nachzusinnen; Am Abend mit Dankbarkeit heimzukehren; Und dann einzuschlafen mit einem Gebet für den Geliebten im Herzen und einem Lobgesang auf den Lippen